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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Culinária na Infância

Alguém me disse, que alguém contou ou disse pra esse alguém que me disse, que quando alguém é bom em cozinhar é porque a mãe ou a avó, tia talvez?... sei lá quem, mas da família, também cozinha ou cozinhava muiiiiiito bem. Bom, é possível. Não herdei isso da minha mãe,  que não gosta de cozinhar... minha avó era boa em temperos, aliás as misturinhas que ela fazia eram realmente muito boas. Minhas tias, algumas, cozinham muito bem... é tá no sangue; a colocação pode ser verdadeira. Mas falando em minha mãe, ela é craque em inventar umas receitas nada convencionais, apesar de não gostar do quesito cozinhar. Quando eramos crianças, pq pequena ainda sou, né?... então, as vezes minha mãe e uma amiga reuniam os filhos para uma grande aventura: colocar 5 crianças, as 2 mães e 1 motorista, dentro de um Fusca e encarar a serra para ir à praia! Detalhe: a praia era em Mongaguá, que parecia ser no Caribe, de tão longe! Era uma felicidade só! O grude era total...verão, até a lua queimava e toda essa gente dentro de um Fusca, impossível não transpirar.

Numa dessas aventuras, meu irmão enchia a paciência pedindo um sanduíche, levou umas cotoveladas, mas continuou a ladainha de que queria um sanduíche. Por 9 (NOVE) vezes, o pneu furou  e numa dessas vezes, enquanto meu irmão chorava, minha mãe procurava alguma coisa pra colocar dentro do pão e calar a boca do menino, e foi aí que surgiu como uma miragem, um pé de laranja! Ela mais que depressa, pegou algumas folhas, lavou, colocou num pão francês e deu ao meu irmão, que comeu com a maior satisfação do mundo! Surgiu aí o primeiro sanduíche com folhas cítricas! Até pouco tempo não sabíamos dessa façanha, mas ela acabou revelando. Ficávamos um final de semana inteiro na praia, dormindo em camas duras, numa casa nada confortável, sendo alimento para os pernilongos e muriçocas que não davam trégua. Voltávamos da praia varados de fome, já que o dinheiro era contado e comer algum petisco na praia? impossível! No máximo o que rolava era um geladinho e os "lanchinhos" que nossas mães preparavam em casa. O menu do almoço era macarrão parafuso com sardinha enlatada, o prato mais delicioso do universo! Voltávamos vermelhos, ardendo, um colado no outro, cansados de tanto pular onda e brincar de batismo... éramos felizes!